A testosterona é um importante hormônio presente tanto em homens quanto em mulheres, em menor quantidade, e deve estar em níveis adequados para garantir o bom funcionamento do organismo.
Em geral, a dosagem laboratorial desse hormônio em homens é indicada quando o paciente apresenta sintomas compatíveis com a deficiência de testosterona, como por exemplo fadiga, diminuição de energia, perda de libido e disfunção erétil (impotência).
Já em pacientes mulheres, é recomendado o exame de dosagem desse hormônio quando o médico suspeitar de excesso de testosterona, no qual os sintomas são oleosidade de pele, acne excessiva, espaçamento ou interrupção da menstruação e excesso de pelos corporais.
Existem diferentes exames de testosterona?
Existem dois tipos de testosterona que podem ser avaliados no exame, sendo:
- Testosterona total, que é a quantidade total de testosterona produzida no organismo e que está circulante associado a proteínas;
- Testosterona livre, que corresponde a 2 a 3% da testosterona total e não está ligada a proteínas, sendo absorvida e exercendo sua atividade no organismo.
Os resultados dos exames de testosterona livre e total devem ser analisados em conjunto pelo médico, sendo importante levar em consideração no momento da análise a idade da pessoa, a fase do ciclo menstrual, no caso das mulheres, além da prática de atividade física e da presença de alguma doença crônica.
E quais são os valores de referência para os exames de testosterona total e livre?
Consideramos que idade e gênero são fatores determinantes para os valores normais de testosterona total no sangue, sendo:
- Homens entre 22 e 49 anos: 241 – 827 ng/dl;
- Homens com mais de 50 anos: 86,49 – 788,22 ng/dl;
- Mulheres entre 16 e 21 anos: 17,55 – 50,41 ng/dl;
- Mulheres com mais de 21 anos: 12,09 – 59,46 ng/dl;
- Mulheres na menopausa: até 48,93 ng/dl.
Além disso, os valores normais para testosterona livre são classificados em:
| Mulheres | Valor de referência (em ng/dL) |
| Fase folicular do ciclo menstrual | 0,2 a 1,7 |
| Meio do ciclo | 0,3 a 2,3 |
| Fase lútea | 0,17 a 1,9 |
| Pós menopausa | 0,2 a 2,06 |
| Homens | Valor de referência (em ng/dL) |
| Até 17 anos | Valor de referência não estabelecido |
| Entre 17 e 40 anos | 3 a 25 |
| Entre 41 e 60 anos | 2,7 a 18 |
| Acima de 60 anos | 1,9 a 19 |
Como identificar a testosterona total e livre altas?
Quando homens e mulheres têm no seu organismo a presença de níveis elevados de testosterona naturalmente (sem a utilização de suplementos ou esteroides anabolizantes), isso pode indicar a presença de algumas doenças, como:
- Alguns tipos de tumores de ovário (apenas em mulheres);
- Alguns tipos de tumores de testículo (apenas em homens);
- Câncer suprarrenal (em homens e mulheres);
- Síndrome dos ovários policísticos (apenas em mulheres).
Os principais sintomas de testosterona alta incluem:
- Crescimento excessivo de pelos;
- Surgimento de acne;
- Infertilidade;
- Aumento da libido;
- Aumento da pressão arterial;
- Maior ganho de massa muscular;
- Agressividade.
Além disso, especialmente em crianças, é comum a testosterona alta causar o desenvolvimento de características como crescimento de pelos na região pubiana, face e axilas e o aumento do tamanho do pênis, em meninos, ou clítoris, em meninas.
E quando a testosterona total e livre está reduzida?
É natural quando o homem conta com 40 anos ou mais apresentar uma queda na produção de testosterona, mas quando essa redução do hormônio é muito rápida, fazendo com que ele chegue aos 60 e 70 anos com baixos níveis, pode indicar a presença da andropausa ou hipogonadismo masculino tardio. O hipogonadismo surge sempre que o corpo não consegue produzir os níveis adequados desse hormônio.
Além disso, quando a testosterona está baixa, é comum surgirem sintomas como diminuição da libido, perda de pelos no corpo, alterações do humor, queda da concentração, redução da massa muscular e desempenho físico.
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